Quando se fala em novo, já assusta, é mudança e toda mudança traz junto a resistência, ansiedade e deixa uma onda de insegurança, traumática e assustadora. Pensar em mudança é me tirar da minha zona de conforto, me desinstalar do que conheço, embora a única verdade seja que a mudança é uma constante em nossas vidas, apenas não observamos com relevância. Ao pensar na mudança que a Covid traz de imediato, o uso da máscara, principalmente, e o isolamento, imagine os professores ministrando aulas com máscaras e uma sala com os alunos afastados. É muita mudança para um padrão constante de séculos e séculos de padronização. Mudar para o digital já estava difícil de aceitar, imagine agora ver o alunado equipado e digitalizado com a modernidade.
Mas é necessário pensar nesta mudança e agir o quanto mais rápido possível. Já se perdeu muito tempo em discussões vagas à espera de um milagre. Ao agir, a ansiedade diminui e o novo normal surge com mais segurança, reforça as habilidades do professor em continuar a aprender e ensinar e agora agindo como mentor da situação.
No Brasil a desigualdade social cria lentidão no processo de implantação do novo. Para isso, é fundamental que as instituições de ensino em todos os níveis conheçam o poder da inovação em alavancar a educação, provocar o desenvolvimento econômico e social e envolver toda a sociedade e a comunidade escolar neste processo de transformação do modelo tradicional para o modelo digital.
Esse novo normal tem pressionado uma mudança acelerada no processo tradicional da educação no país e no mundo.
O HolonIQ Global Outlook Survey é um estudo longitudinal das expectativas dos executivos de educação global. A pesquisa é conduzida duas vezes por ano com o Painel Executivo Global HolonIQ composto por mais de 2.000 ministros, presidentes, vice-chanceleres, CEOs, executivos seniores e investidores em todo o espectro de instituições e empresas públicas e privadas, desde Pre K (jardim de infância) até o Lifelong Learning. Esse estudo cita 5 cenários globais para a educação do futuro.
1. Educação Tradicional- No futuro próximo, com novos grupos de trabalhos mais qualificados nos países em desenvolvimento, a educação superior consolida plataformas de talentos globais, o governo continua sendo a fonte de corte de financiamento em todo mundo, as instituições de ensino tradicionais, embora pressionadas, continua sendo a fonte confiável de aprendizagem. Como já se observa, a força de trabalho remota ganha força e a questão segurança e autenticação tornam-se primordiais. Fusões e fechamentos de universidades e escolas é fato. Novos modelos disruptivos são necessários e a busca pela escalabilidade e flexibilidade é uma necessidade do mercado.
2) Colaboração – O mundo se torna mais integrado, mais cooperativo. Por outro lado, o envelhecimento da força de trabalho e a redução do crescimento econômico é fato. Isso provoca uma necessidade latente de educação e empregos para a população crescente. Com tudo isto acontecendo, a colaboração passa a ter papel fundamental para resolução das questões regionais. Mudança de nosso Mindeset , sair do individualismo, do levar vantagem em tudo, e iniciar o compartilhamento de conhecimento e de recursos de aprendizagem. Como nunca, o reconhecimento das qualificações, das redes de desenvolvimento profissional regular e programas de intercâmbios de professores e alunos tomam importância igualitárias. A tecnologia aproxima e diminui o afastamento gerado pela pandemia.
3 ) Educação personalizada – As instituições tendem a fazer aquisições de startups para atender um conjunto de serviços de educação, incluindo conteúdo, análise, avaliação, comunicação e relatórios. Com isso, permitindo maior eficiência de gestão e maior liberdade de tempo para os educadores, permitindo a atenção mais individual para o alunado com suporte oportuno aprimorando o desenvolvimento de produtos e de sistemas escolares de forma mais proativa e inovadora.
4) Pessoa para pessoa – A conexão pessoa para pessoa se torna mais forte, o aprendizado online é fato, domina os setores da educação e de treinamento de habilidade. Passa a ser integrada às rotinas diárias dos alunos. A coletividade digital melhora as relações no meio acadêmico e cria maior interesse de participação e envolvimento dos pais.
5 ) Revolução dos Robôs – O aprendizado virtual é realidade, existe uma reversão quase completa em quem lidera a aprendizagem com mentores e tutores virtuais, estruturando caminhos de ganhos para indivíduos que realizam avaliações, dando feedback, ajustando de acordo com o processo e organizando a tutoria humana ou a frequência necessária às aulas. A maioria dos alunos tem este treinador online presente 24h por dia, que organiza, faz a curadoria, recomenda, gerencia, registra e ajusta continuamente as atividades de aprendizagem com base no progresso, preferência e objetivos de aprendizagem (blog.aaainovacao.com.br).
Então, uma nova geração, de provedores de treinamento vocacional, de mestres e professores, precisa surgir para apoiar esta demanda contínua de desenvolvimento de habilidades e em ritmo acelerado que busca muita criatividade, liderança e inteligência emocional.
Busque estar dentro desta nova onda de mudança para que sua carreira, seu trabalho e seus sonhos se realizem neste novo normal que se inicia.
Namastê.