
O mundo vem se transformando nas últimas décadas com a evolução digital. Principalmente pós pandemia, que acelerou em mais de dez anos esta transformação, segundo especialista. O Brasil é o 42º em educação digital entre 50 países (monitormercantil.com.br/brasil). Praticamente em todas as áreas houve mudanças e a educação não poderia ficar de fora. Sofreu com o impacto, e se transforma na pressão da necessidade de mudanças imediatas. Mudanças do novo ensino médio, mudança na forma da didática, mudança nas atitudes e nos comportamentos de todos os educadores e educandos envolvidos. Toda esta alteração na educação e os desafios para superá-la não podem afetar a qualidade já alcançada.
A transformação digital veio para ficar, ou seja, já está aí. Agora é ver como, quando, onde e quanto investir para que estas mudanças possam alcançar resultados mais eficientes. Por isso, a transformação digital envolve um grande investimento em recursos, mas também uma adesão por parte das pessoas, além da tomada de decisões pautada em dados.
Depois dos transistores na década de 40, pode-se citar que os celulares em 2000, revolucionou de forma significativa todos os aspectos e processos nas instituições e nas atitudes e comportamentos das pessoas. Por meio destas novidades, as pessoas passaram não só a acessar redes sociais, mas a jogar, comprar e ganhar dinheiro online. Para completar, mesmo quem não aderia a essas práticas passou a repensá-las pelo grande movimento que elas provocam.
Na educação há de se pensar, que os alunos de hoje estão integrados nestas alterações e que as gerações futuras vão nascer com mais tecnologia nas mãos. Sendo assim, ideias anteriores a essa transformação, como não ser permitido usar o celular em sala de aula, não fazem sentido para eles. Até mesmo porque eles já fazem parte dos produtores de conteúdos com toda uma linguagem específica. E é por esta e outras mudanças que a escola necessita entender desta mudança digital, mas também saiba como adotá-la no ambiente existente. Afinal, ela otimiza as práticas da instituição, permitindo acompanhar as novas formas de ensino que ganham a sociedade, mas também define o seu futuro em relação às atuais e novas gerações. A formação de novos alunos integrados com a transformação digital, é uma necessidade que inclui não só a passagem de ferramentas analógicas para digitais, mas envolve mudanças até na forma de estruturar um negócio e entender que atuar no digital é o mínimo que se pode fazer. Dessa forma, na escola, o intuito dessa transformação não é criar perfis nas redes sociais, e sim usar a tecnologia para otimizar o trabalho do professor, conectar melhor pais, escola e alunos, bem como tomar melhores decisões de gestão. A transformação digital é um processo sem fim, já que, conforme a tecnologia avança, mais adaptações são necessárias. Esse processo traz novas ideias à escola e é uma vantagem. Isso porque envolve a participação de uma comunidade maior. Afinal, mais do que apenas gestores, os professores, pais e responsáveis, bem como os próprios alunos, passam a ter um papel maior na construção da escola.
Portanto, entendendo-a, ela ajuda a instituição a se adaptar a uma nova sociedade, sem tomar decisões apressadas só porque todos estão seguindo o mesmo caminho.
Atualmente seguir este caminho traz grandes benefícios, principalmente, na otimização do tempo. Nesse aspecto, ele acontece em todos os sentidos. Estimula o aprendizado com novas práticas pedagógicas, onde o aluno se torna protagonista das ações que podem ocorrer dentro e fora da instituição.
Para os docentes, facilita o registro de dados de alunos, permite o acesso a informações essenciais. Assim, em vez de perder tempo com processos manuais rotineiros, é possível focar a atenção completamente em elaborar aulas mais completas, trazer novidades aos alunos e observar seu rendimento de forma personalizada e evitar levar trabalhos para casa.
Para a gestão otimiza o tempo, isso porque, com os dados reais à mão, gestores podem enxergar a instituição em seu cenário real, observando tudo o que funciona ou não. Além disso, conseguem observar seus concorrentes, pensar em melhores estratégias e aplicar inovações que tornem a escola mais forte em sua comunidade local.
Com práticas pedagógicas mais maker, melhora a retenção e os relacionamentos envolvendo os alunos mais nos trabalhos cooperativos e participativos, extrapolando para a participação das famílias com mais ênfase.
Para a escola que passa a oferecer essa transformação digital, melhora as experiências e as ofertas de serviços em termos de qualidade e inovação, criando então maior procura.
Como toda mudança, existe seu lado positivo e seu lado de dificuldades, nada que não possa superar, mas é necessário maior empenho das equipes envolvidas.
As mudanças trazem consigo uma crença que desacelera o processo tornando-o mais lento do que necessário, a resistência. Sair da maneira tradicional de ensinar, principalmente os docentes com anos de carreira e prestes à aposentadoria, pode ser um entrave. Acredito que adotar novos métodos cria uma insegurança não por gosto das pessoas, mas por falta de um entendimento melhor, pela falta da comunicação clara. Hoje o professor precisa ter clareza do seu papel que deixa de ser o detentor do conhecimento e passa a ser o mediador do conhecimento. O professor necessita hoje de uma nova forma de pensar e agir e com isto de um grande apoio na saúde mental. As mudanças mexem com todo o intelectual e psicológico, necessitando de grande apoio da gestão nestes aspectos humanos. Em uma pesquisa do Instituto Península, o estudo “Desafios e Perspectivas da Educação: uma visão dos professores durante a pandemia”, desenvolvido pelo IP, que buscou detalhar e entender as angústias e as necessidades dos docentes, identificou que 57% deles gostariam de receber apoio psicológico e emocional, sobretudo para enfrentarem as questões impostas pela pandemia. Nesse caso, é preciso adotar medidas para evitar o Burnout, além de tornar a escola um lugar onde a transformação digital não seja um peso. Para isso, vale a pena tomar ações como:
- capacitar os professores de perto e em um treinamento em que se sintam à vontade;
- oferecer ferramentas e suporte para que dominem qualquer tecnologia a ser usada em aula;
- trabalhar a paciência e melhorar o relacionamento entre alunos e professores de gerações diferentes;
- fazer mudanças progressivas e necessárias, aos poucos;
- valorizar professores e otimizar suas rotinas, para que a tecnologia os ajude a tornar o trabalho mais eficiente e menos sobrecarregado.
Existem também a necessidade de maior controle das atividades dos alunos. Utilizar-se das ferramentas digitais para a educação e não para as redes sociais, esta a necessidade de maior observação e da melhoria do processo educacional, o aluno se torna protagonista mas também precisa ter maior responsabilidade. Outra dificuldade para as instituições é a de investirem em tecnologias de ponta. Os orçamentos precisam de revisão imediata e o pensamento de parcerias necessita prevalecer. Esta nova modalidade de parcerias, mantem a instituição com a garantia de qualidade e evolução constante da tecnologia.
É sob este contexto de mudanças necessárias que a educação precisa urgentemente transformar-se do tradicional para o digital.
Então como fazer?
Durante a pandemia, mudou-se pela dor, pela necessidade urgente e pela pressão de ter que continuar. Para que este fenômeno não se repita e para que paremos de ouvir que tudo é “obrigado”, é necessário ter um olhar novo e crítico para a sua instituição. Veja que muitos processos já estão transformados e já atendem esta transformação digital. Por estas mudanças é que a calma precisa prevalecer e o planejamento necessita de clareza e projetos transparentes e bem definidos para que recursos apareçam e seja melhores aplicados.
Pratique a escuta ativa, troque de opiniões, busque escolas já desenvolvidas, modelos que estão a diante da sua instituição. Seja um agente de inovação e criatividade.
Dê liberdade às pessoas de sua equipe e aos seus discentes e docentes para que novas ideias e processos apareçam e possam ser aplicados e implantados com maior aceitação.
Se necessário, escolha uma boa plataforma de ensino para a gestão, garanta a segurança dos dados, tenha indicadores de resultados e de performance monitorados com maior frequência, eles são seus condutores da mudança.
Enfim, a transformação digital é um processo complexo, que vai bem além de implementar tecnologias e sistemas de TI em sua instituição. Afinal, ela exige mudanças de comportamento, trocas entre as diferentes partes e até a criação de uma cultura empresarial saudável para que os resultados almejados sejam alcançados. Assim, vale a pena analisar o cenário em que se encontra a sua escola e promover mudanças. Dessa forma, com o apoio de colaboradores, alunos, pais e responsáveis, e com parcerias a instituição pode se manter sempre avançando.
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