Está aí 2020. Quem fala que no ano que vem vai fazer diferente já está atrasado se ainda não iniciou sua estruturação.

Ouve-se muito nas organizações falar que o planejamento não funcionou, não deu tempo de fazer, que leva muito tempo para fazer e por aí vão-se as desculpas. Fala-se muito em planejamento, em reestruturar o próximo ano, mas pouco se faz de fato na formalidade. Tudo fica só no pensamento ou no sonho. Sonhar é bom, mas também é preciso realizar para que a frustação não tome conta de nossa animação. Tenho um parceiro que diz “feito é melhor que o perfeito”.

É necessário urgência no planejamento de ações quando se quer de fato realizar. O acontecido é que se fala muito em planejar, mas realiza pouco, trata-se do assunto com pouca profundidade e não leva a sério a formalização do tema e acaba não criando formas de execução adequadas e tão pouco de controles efetivos.

Para que os controles sejam efetivos o monitoramento das ações planejadas tem que ser frequente e muito disciplinado com ferramentas que mostre todo andamento e os possíveis desvios que ocorrem, para que ações de redirecionamento sejam tomadas de forma ágil.

Para auxiliar na estruturação de um planejamento é necessário entender o que é um planejamento estratégico e qual a forma mais eficaz de estruturá-lo. Planejamento significa a ação de planejar, ou seja, desenhar onde está e para onde vai e como.

Estratégico se refere a como usar os recursos disponíveis de forma eficiente, aumentando a produtividade de um indivíduo ou empresa para que o resultado seja alcançado. Enfim, é um plano que prevê formas táticas específicas para serem utilizadas para se chegar a um resultado
esperado.

Sendo assim, ele deve incluir a avaliação do cenário, a definição de metas, as tomadas de decisões, as mobilizações e as ações efetivas que serão realizadas.

Portanto, pensar em planejamento estratégico no cenário corporativo é estabelecer a quantidade de tempo, recursos e energia que se emprega para alcançar determinado resultado. Com o planejamento também é possível detectar problemas e visualizar formas ágeis e eficazes de solução. Para estruturar um planejamento estratégico de sua empresa é preciso levar em consideração alguns princípios fundamentais. Primeiramente o que já foi citado, onde e como está, e a partir daí, fazer uma projeção de futuro e definir como caminhar na sua direção.

Muito simples iniciar, basta responder de forma clara, precisa e com muita sinceridade três perguntas fundamentais e então começar a traçar o plano de estratégias do seu negócio:

1- Onde a sua empresa está no atual momento?
2- Onde você quer chegar?
3- Como você pode chegar lá?

Estas três perguntas se transformam em pilares e definem as etapas que você terá de seguir para traçar um plano e começar a executá-lo.

De forma resumida, siga a sequência:

a) Fazer uma autoanálise;
b) Estudar o mercado;
c) Definir um objetivo;
d) Elaborar um plano de ação;
e) Monitorar a execução de cada passo.

Ajuda muito se a sua organização já tiver definido qual a missão da empresa, quais os seus valores e a relevância do negócio para o mercado. Já em termos práticos, é preciso determinar quais serão os profissionais envolvidos e quais os papéis de cada um. Caso contrário seria bom
estruturar este primeiro passo e aí partir para identificar quais os recursos disponíveis para executar o planejamento durante seu período de duração.

Para orientar e facilitar a vida do gestor, há diferentes metodologias e ferramentas essenciais que ajudam muito no processo de fazer um planejamento estratégico bem estruturado além, é lógico, do controle financeiro e do fluxo de caixa da empresa como já demonstrado em outros artigos.

Também tem a análise SWOT que é um dos instrumentos eficazes disponíveis para dar os primeiros passos nessa tarefa. Esta ferramenta identifica as Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças internas e externas da organização permitindo uma visão que pode impactar de forma positiva ou negativa à empresa.

A análise dos dados constantes nesta ferramenta permite uma investigação sobre o ambiente externo que mostra as ameaças e as oportunidades da organização. Mostra as forças que são as características que representam uma vantagem do seu negócio sobre a concorrência.

Enquanto as fraquezas são aspectos que desfavorecem o seu empreendimento em relação ao restante do mercado, podendo colocá-lo em risco.

Já as oportunidades seriam os fatores externos que criam um cenário favorável para a sua empresa – e que, desse modo, poderiam ser aproveitadas. Porém, é preciso identificar também no ambiente externo as ameaças. Elas são os elementos que criam um cenário negativo para a organização e sobre os quais você não tem controle. A partir da composição desse quadro, a análise SWOT permite que se estabeleçam correlações entre forças e fraquezas e oportunidades e ameaças e, a partir disso, se elabore um planejamento estratégico muito mais assertivo.

Como citado, existem no mercado diversas metodologias e ferramentas capazes de auxiliar na estruturação do planejamento estratégico da sua organização. Fica aqui o alerta, o tempo é agora, não deixe passar em branco a possibilidade de elaborar o seu planejamento para que em 2020 os seus resultados sejam mais eficazes, na vida pessoal e na sua organização.

Willer F. Amaral -Administrador.
Mestre em Administração Pública. Coach. Consultor contratado pelo SEBRAE nas áreas de cooperação, cooperativismo, associativismo, negócios competitivos, habilidades gerenciais, recursos humanos, sendo também mediador de encontros empresariais. Atuou como professor universitário na área de administração, ciências contábeis e pós-graduação. Consultor na área de gestão de pessoas e organização. Instrutor de instituições especiais e Técnico Extensionista do MDIC no projeto PEIEX. Sócio Diretor da JMáximo Consultoria Empresarial Ltda e da Mercur importações Ltda. Especialista da TWS Consult. Autor de publicações sobre políticas públicas e de planejamento de recursos humanos.